terça-feira, 1 de julho de 2008

O Blog

Casar nunca foi meu sonho. Sempre pensei na carreira e em minha independência financeira. Não via espaço na vida de uma mulher profissionalmente bem sucedida para marido e filhos. É irônico, pois sempre “pagamos nossa língua”. É só conhecer a pessoa certa e o sentimento que nos une nos leva facilmente a pensar em compartilhar todo o resto de nossas vidas com ela.

Eu e o Vitu sempre nos dizíamos contra o casamento. Fazíamos “blé” pra casamentos no início do namoro. Com o tempo, passei a tirar sarro da repulsa dele por casamentos. Justamente ele, o mais romântico da relação, que sempre demonstrou abertamente seus sentimentos. Sempre achei que era fita, ele só se fazia de durão, pra tentar se igualar a mim, que realmente torcia o nariz pra casamento. Pra encher o saco dele, passei a perguntar “casa comigo?” várias vezes ao dia, para irritá-lo. E deu certo! Hehehe

Na verdade, eu brincava mesmo. Parava quando via que ele ficava contrariado. Ele levava isso a sério e não queria que eu ficasse brincando assim. Tudo bem. Depois de tanta “encheção”, o assunto deixou de ser tabu e passamos a considerar os prós e contras do casamento. O convencimento decorreu do meu argumento de que é melhor assinar logo o contrato e regular a união que viver junto e depois ter um trabalhão pra provar união estável e partilhar bens. Argumentos lógicos e racionais de advogados, claro.

Mas a realidade é que o casamento passou a ser uma possibilidade cada vez mais próxima quando passamos a fazer planos reais pro nosso futuro. Sempre dizíamos que iríamos nos casar quando passássemos em algum concurso, pra fugir dos questionamentos cotidianos dos familiares e amigos. Mas antes disso, já começamos a construir nosso patrimônio comum. Abrimos conta conjunta, iniciamos investimentos e confundimos nossos poucos bens. A decorrência lógica disso seria “juntar os trapinhos” mesmo...
Quando passamos nos concursos, não tínhamos mais pra onde fugir. Quer dizer, ele conseguiu ficar pertinho de São Paulo, em Santo André, e eu fugi pra longe, pra Brasília, mas involuntariamente. Mesmo assim, depois de conversar e traçarmos novos planos para o nosso futuro, topamos encarar o desafio de nos casar. A idéia é que estaríamos morando juntos logo, mas surgiram obstáculos em nosso caminho e, depois de oite meses do nosso noivado, continuamos separados e tocando a organização do casamento.

Com tudo isso, por me deparar todos os dias com todos os milhares de detalhes da organização de um casamento – e, incrivelmente, adorar isso! – e enfrentar o desafio de organizar um casamento à distância, junto-me às milhares de noivas espalhadas pela internet e passo a escrever neste espaço para compartilhar com vocês as dúvidas, angústias, sugestões e –finalmente – soluções para a realização de um casamento dos sonhos. Ainda que à 1000 km de distância.

Um comentário:

Cris disse...

Olá querida!
Achei seu blog e já li uma boa parte dele. Estou adorando!
Pena que não acompanhei os preparativos, mas só de ler o q escreveu achei o máximo!
Vc escreve muito bem!
bjs